Representantes do Sindisaúde de Santa Cruz do Sul e Região e do Sindhvarp estiveram reunidos na última sexta-feira (19), nas dependências do Hospital Ana Nery para discutir o dissídio coletivo dos trabalhadores da saúde. Na pauta de negociação estava o reajuste salarial; o adicional noturno de 40% - até o final da jornada; o adicional por tempo de serviço (para os novos trabalhadores a ideia é que seja limitado a 21%); e a manutenção de outras cláusulas do dissídio coletivo (respeitadas as particularidades de cada hospital).
Para o presidente da entidade responsável pela categoria, José Carlos Haas, este encontro pareceu um pouco mais produtivo que os demais. "Ora, é a terceira reunião de negociação. Nas demais, as propostas chegavam a ser ofensivas", relatou. Na ocasião, foi proposto pela entidade patronal o INPC, de 5,07%, parcelado em três vezes de 1,69%.
Haas observou que há avanços, porém, eles ainda estão aquém das necessidades dos trabalhadores. "Infelizmente, os números e a negociação em geral não estão ancorados em melhorias. Estamos apenas segurando minimamente aquilo que nos restou", ponderou.
De acordo com o líder sindical, os funcionários das casas de saúde serão convocados nos próximos dias para que apreciem o que foi apresentado. "A situação dos trabalhadores da saúde não é diferente dos demais. A precarização é alarmante e o que nos resta é pedir que estejam unidos e mobilizados neste momento. Não há outra alternativa", apontou o diretor Elton Schneider.