A direção do Sindisaúde esteve ontem (25), em Porto Alegre, na sede do Tribunal Regional do Trabalho, onde participou de audiência para debater o dissídio coletivo da categoria, cuja data-base foi maio. No encontro, os representantes dos Hospitais Filantrópicos do Vale do Rio Pardo, mais uma vez, reapresentaram a proposta já rejeitada pelos trabalhadores. Alegando problemas financeiros, eles oferecem reajuste de 3% em outubro e mais 2,87% em janeiro de 2017, sem nenhum valor retroativo. "Nós estamos espantados. Só assim eles mostram claramente que não valorizam a classe trabalhadora, que é quem, de fato, executa as tarefas nos estabelecimentos de saúde. Nós queremos, no mínimo, a inflação do período, que chega a 9,83%", argumentou José Carlos Haas, presidente do Sindisaúde de Santa Cruz do Sul e Região.

 

Diante da postura da entidade patronal, a categoria está sendo convocada para assembleias, até que o TRT julgue a ação. "Nós queremos deixá-los a par de tudo. Temos 20 dias para nos manifestar sobre as colocações deles. Queremos decidir um encaminhamento em conjunto. Mas é lamentável. A crise é sempre o choro do dia. E, nós, não temos crise? Com que ânimo vamos prestar atendimento aos doentes", questionou Haas.

 

O primeiro encontro acontece entre o sindicato e os trabalhadores do Hospital Santa Cruz. Ele está agendado para a próxima quinta-feira (27), às 13h15 e, posteriormente, às 19h15, na sede Centro, do Clube Aliança. Os outros ocorrem dia 28, com funcionários do Hospital Vale do Sol, às 19h30, na sala de reuniões da casa de saúde; dia 31, com os do Hospital São Sebastião Mártir, às 19h30, na Associação dos Funcionários; e dia 01/11, com os do Ana Nery, às 19h15, na Comunidade Apóstolo Paulo (Arroio Grande).