União de forças. Essa foi a expressão que pontuou os discursos da abertura da Campanha Salarial dos trabalhadores na área da saúde, ocorrida na última sexta-feira (21), em São Gabriel. Manifestaram-se, além do presidente da Federação dos Trabalhadores em Saúde do RS (FEESSERS), Milton Kempfer, a diretora do Sindicato dos Enfermeiros do RS (SERGS), Cláudia Franco, do anfitrião do encontro – o presidente do Sindisaúde de São Gabriel - Cassimiro dos Santos Cruz, do presidente do Sindisaúde-RS, Arlindo Ritter, e também o supervisor técnico do Departamento Intersindical de Estudos e Econômicos - Dieese, Ricardo Franzói.
Segundo eles, para enfrentar a falsa crise econômica, vendida pelo governo de Michel Temer, e que pretende aprovar no Congresso as reformas trabalhista e da Previdência, só a união de todos será a saída. Franzói afirmou que a luta dos trabalhadores da saúde não deve se dar só nas negociações da data-base da categoria, mas no ano todo.
Milton Kempfer convidou a categoria da saúde a multiplicar a mensagem de unificação e de combate às reformas contrárias aos trabalhadores junto aos familiares, vizinhos e às comunidades que atendem. “Os patrões e o governo tem a força do capital e da mídia comprada. Nós temos uns aos outros, temos a força dos nossos colegas e a força da nossa união”, enfatizou.
Cláudia Franco apontou para a grave situação enfrentada pelos funcionários de hospitais, mas observou que os mesmos hospitais que atrasam salários realizam obras. Ela convocou a todos para se contraporem ao desmanche do SUS que vem sendo realizado pelo governo federal privatista.
O Sindisaúde de Santa Cruz do Sul e Região esteve representado no evento através do seu presidente, José Carlos Haas, e do diretor Gilmar Mendes. "De fato, se não somarmos força não sei onde tudo isso vai parar. É perda atrás de perda. E nós somos a maioria. Precisamos apenas ter consciência disso", reforçou Haas.
A próxima assembleia regional ocorre em Lajeado, no dia 09 de fevererio.
Dieese
A economista Daniela Sandi, assessora do Dieese, apresentou um trabalho sobre a importância dos trabalhadores da saúde na economia da Fronteira Oeste, a evolução do número de instituições de atendimento à saúde e a distribuição do emprego formal por setor e no setor de serviços de saúde. Nele, destacou que 5% da força de trabalho da região é ligada à área da saúde, tendo 4.424 vínculos formais no setor. Alertou que um estudo do Departamento aponta para a grande diferença entre o salário mínimo, de R$ 937,00, e a estimativa de R$ 3.900,00 ideais para sustentar uma família de quatro pessoas.
Com informações da FEESSERS.